Como hoje acordei um tanto quanto inspirado, ao invés de fazer um artigo em prosa, vou deixar fluir minha veia poética e dedico-lhes uma crônica totalmente em versos. Como não sou poeta, desde já peço desculpas por minha ação pretensiosa de invadir a arte de Camões. Vamos à poesia?
Deus e o Diabo
(Autor: Elvécio Andrade)
Deus criou o homem...
E de sua costela a mulher.
O Diabo criou a traição...
A desavença e o mal-me-quer.
Deus criou o amor...
O Diabo criou a inveja.
Criou também a injustiça
E no mundo o ódio despeja.
Deus criou a inteligência...
O Diabo criou a ignorância.
Colocou no mundo o dinheiro,
A avareza e a ganância.
Deus criou a bondade...
O Diabo criou o rancor.
Criou o sentimento ruim
E disseminou no mundo a dor.
Deus criou a vida
O Diabo criou a morte.
Criou também a covardia,
Que torna fraco o forte.
Deus criou a inocência
No suave sorriso da criança.
O Diabo fez surgir a mágoa,
A hipocrisia e a desesperança.
Deus criou a honestidade
A gratidão e a consciência crítica.
O Diabo fez surgir a corrupção,
A delinqüência e a política.
Deus criou a arte,
O saber e a cultura.
O Diabo criou a balbúrdia
E o descontrole da criatura.
Deus criou a virtude,
O trabalho e a dedicação.
O Diabo criou a droga,
A crueldade e a destruição.
Deus criou o Diabo,
Esperando eterna lealdade.
Todavia o Diabo rebelou-se,
Virou sinônimo de maldade.
Com a criação do Diabo,
A eterna dúvida persiste:
Se Deus errou ao criá-lo,
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