A imprensa brasileira mais uma vez pisou na bola ao seguir cegamente as notícias no mínimo suspeitas de que o terrorista mais procurado do mundo tinha sido morto por uma missão estadunidense. Em momento algum os repórteres questionaram a forma fantasiosa como a operação foi conduzida e o fim dado ao corpo daquele que por mais de uma década foi procurado pelos governantes dos Estados Unidos.
Qual deles é mais nocivo ao mundo? |
De acordo com a notícia divulgada a exaustão – como já se tornou costume na imprensa subserviente brasileira – Bin Laden foi morto com tiros na cabeça depois de resistir à prisão em uma operação conduzida por uma unidade de elite do exército estadunidense na cidade de Abbottabad, a 100 quilômetros de Islamabad, no Paquistão.
Ainda de acordo com a notícia, quatro helicópteros foram usados na operação, tendo a mansão ficado em chamas depois do atentado que colocou fim à vida do terrorista, que caiu abatido por vários disparos na cabeça e no peito.
Desde o início da divulgação da morte de Bin Laden que as coisas não encaixavam. Foram várias as versões para o caso. Primeiro disseram que ele fez a mulher de escudo, que a mulher tinha morrido etc, e depois desmentiram tudo. A todo o momento surgem novas versões para a tal operação que ao que tudo indica só teve crédito para a imprensa brasileira e o ingênuo povo estadunidense.
Para complicar ainda mais a história fantasiosa, foi noticiado que após ser abatido, o corpo do terrorista foi transportado ao porta-aviões Carl Vinson, no Mar da Arábia, onde foi preparado com os ritos islâmicos, lavado e envolvido em um lençol branco.
Em seguida o corpo de Bin Laden foi introduzido em uma bolsa e lançado ao mar depois que foram recitadas preces que um tradutor repetiu em árabe. Ou seja, os Estados Unidos, país que não respeita nenhuma regra, direitos humanos, religião e nem soberania, no caso de Bin Laden, seu inimigo número um, perdeu tempo fazendo tudo isso.
A notícia mal explicada da morte de Bin Laden deixa várias interrogações. Como é que um indivíduo procurado no mundo todo se torna um alvo tão fácil? Como poderia não ter ouvido o barulho dos motores dos helicópteros? Eles chegam com todo o barulho possível, agentes descem por cordas sem que os guardas-costas mais treinados do mundo atirem neles. Então entram na casa, encontram Bin Laden retraído, sem armas e atiram nele à queima roupa, num espaço impossível para tal prática.
Parece roteiro de filme de quinta categoria. Nenhuma porta estava fechada. Ou se estava, o arrombamento foi silencioso, pois não deu tempo de o alvo pegar uma arma. Será que Bin Laden seria tão inocente a ponto de se alojar em uma casa que não tivesse passagens subterrâneas para o caso de uma fuga de última hora? Será que um especialista em fugas se colocaria à mercê do inimigo em uma ratoeira?
A descrição que a imprensa ingênua brasileira dá para a operação é tão fantasiosa, que mais parece roteiro do filme Bradock, com Chuck Norris. Só falta William (Simpson) Bonner dizer que os indivíduos que atacaram Bin Laden faziam parte do Comando Delta
Outra coisa que não dá para entender é a resistência em mostrar fotos do corpo de Osama Bin Laden. Quando mataram Sadan, fizeram questão de mostrar até mesmo a filmagem do ato mais medieval já visto nos nossos tempos, que é o enforcamento. Afirmam que o exame de DNA confirmou que o corpo era de Bin Laden. A foto que mostraram era montagem. Enfim, o corpo, que certamente seria usado como troféu e ficaria exposto por vários meses, em respeito à religião – coisa que não existe nos Estados Unidos – foi descartado no mar.
A morte de Bin Laden aconteceu num momento bem oportuno para Barack Obama, que estava muito mal nas pesquisas de intenção de votos; a economia estadunidense está combalida, o povo descrente com o atual governo. Enfim, não só o povo e a economia estadunidense necessitavam de uma chacoalhada, como também o Obama em plena decadência de popularidade.
Chega a causar arrepios ver tantas pessoas nas ruas comemorando a morte de um ser humano sem nenhum julgamento. É certo que se tratava de um terrorista monstruoso, mas era ser humano e, como tal, tinha todo direito a julgamento justo.
Esse povo que comemora a morte de um ser humano sem julgamento, se iguala a animais irracionais e aos próprios terroristas que tanto combatem. A “maior democracia do mundo” parece que regrediu à idade das trevas, quando as pessoas iam às praças apreciar as mortes nas fogueiras, patrocinadas pela não tão santa inquisição. E ainda tem gente que aplaude esse tipo de comportamento bestial, como é o caso da imprensa brasileira.
Todos se esquecem que os Estados Unidos, que se julgam o xerife do mundo, não são diferentes do Bin Laden e seus seguidores. Explodir duas cidades inteiras com bombas atômicas (Hiroshima e Nagasaki), financiar guerras de Israel matando milhares de pessoas inocentes, como crianças, mulheres e idosos; fazer guerra preventiva contra o Iraque, destruindo centenas de milhares de vidas inocentes; condenar pessoas à forca, cadeira elétrica, injeção de pentobarbitol; desrespeitar a ONU, impedir o crescimento de países emergentes, condenar à morte quem possa interferir em seus planos expansionistas e financeiros não é também uma forma de terrorismo? Ou será que o Tio Sam tem carta branca para praticar terrorismo?
Tudo isso é feito sob o olhar atônito do resto do mundo, sem que nenhuma autoridade tome providências no sentido de coibir essa tirania. É bom saber que o mundo ficou livre de uma pessoa tão nociva quanto Osama Bin Laden. Mas será que isso fará o mundo melhor? É de conhecimento da imprensa que Bin Laden já não estava à frente da organização criminosa há vários anos. Há também relatos inclusive de que Bin Laden já teria morrido acometido por um câncer. E a declaração de Barack Obama de que as fotos da sua execução sumária não serão mostradas reforça essa informação extra-oficial.
Será que algum dia a corte internacional julgará os crimes de assassinato e ocultação de cadáver praticado pelos Estados Unidos? Afinal de contas, foi isso que o próprio presidente dos Estados Unidos confessou ter feito diante das câmaras para conhecimento do mundo inteiro.
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