Som alto é prejudicial ao ser humano |
Na semana que passou a população começou a sentir os efeitos de uma campanha iniciada por este blog e encampada pelo site Gazeta do Norte, contra a poluição sonora que tinha tomado conta da cidade, incomodando todo mundo e deixando algumas pessoas à beira de um ataque de nervos.
Vale destacar que a poluição sonora é o efeito provocado pela difusão do som num tom demasiado alto, muito acima do tolerável pelos organismos vivos, no meio ambiente. Dependendo da sua intensidade, causa danos irreversíveis nos seres humanos.
Em Barra de São Francisco a poluição sonora era tão intensa, que tirava as pessoas do sério. Era comum ouvir pessoas que trabalham no centro da cidade xingando os donos de carros de som que circulam pelas principais avenidas numa algazarra terrível, tirando a paz e o sossego de todos, inclusive de pessoas idosas e de crianças.
A campanha iniciada neste blog teve repercussão no site Gazeta do Norte e no programa Tribunal do Júri, levado ao ar todos os sábados pela Rádio Globo AM e FM dos Anjos, quando autoridades ligadas ao meio ambiente debateram o problema da poluição sonora em Barra de São Francisco. Representantes dos carros de som apesar de convidados, não compareceram ao debate.
Durante o programa ficou evidente a insatisfação da população com os carros de som. Vários ouvintes ligaram denunciando o barulho e até as igrejas entraram na dança, quando alguns ouvintes reclamaram do som alto do sino, que segundo eles chega a incomodar quem mora na Vila Landinha, e do barulho de algumas igrejas evangélicas durante realização de cultos.
Depois de tantas reclamações, as autoridades locais decidiram sair do ostracismo e impuseram regras para o funcionamento da sonorização volante. A partir de agora os carros de som só podem circular das 09 às 11h e das 14h às 17h e o som não poderá ultrapassar 65 decibéis. Quem desobedecer, será penalizado.
Apesar dessas medidas, ainda tem muita gente insatisfeita, pois de acordo com a legislação em vigor, os carros de som não poderiam nem circular no centro da cidade, haja vista que de qualquer ponto que estejam, estarão sempre menos de 200 metros de órgãos públicos.
A esperança da população é de que o Ministério Público, que até o momento não se manifestou a respeito da poluição sonora na cidade, decida partir em defesa do cidadão ajuizando uma ação civil pública, requerendo o cumprimento da lei e a retirada de vez dos carros de som do centro da cidade.
A mesma medida é cobrada em relação às lojas que colocam sons acima do volume permitido. No caso das lojas, a situação é ainda pior, pois se trata de som estático, que inferniza a vida de quem mora ou trabalha nas proximidades.
Agora é aguardar para ver até quando os poluidores vão obedecer às normas e, no caso de desobediência, quais as medidas que serão tomadas por nossas autoridades responsáveis.
Basta de tanto barulho, a população já não agüenta mais tanta baderna.
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